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sexta-feira, 26 de junho de 2009

A nova onda: métodos ágeis

Em abril participei de um evento de métodos ágeis (Agile Weekend 2009), que me ajudou a entender um pouco melhor o conceito de "ágil".

Logo no final da primeira palestra, sobre a cultura Lean, estabeleci as seguintes relações :




Gostei dessa história de que ser ágil é ser esperto. Desde então, resolvi investir em estudos sobre esta área. E hoje me deparei com o resumo do capítulo escrito por Ivar Jacobson, intitulado "What They Dont Teach You about Software at School: Be Smart!" que diz "One of the most popular buzzwords in software development is agile. Today everyone wants to be agile. That is good! However, being agile is not enough.You also need to be smart. What does that mean? Smart is about being agile, but it is also about doing the right things, the right way."

Essa última parte é perfeita : ser ágil é também fazer as coisas certas da maneira certa !

E isso ajuda a entender ainda melhor porquê são adotadas as práticas de desenvolvimento orientado a testes, refatoração, uso de padrões, entre outras boas práticas.

E como hoje é sexta-feira e estou de bom humor ...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

User Experience e Usabilidade

Estou me aprofundando no entendimento das diferenças entre usabilidade e experiência do usuário (user experience - UX). Já entendi que a UX está relacionada com critérios subjetivos como o prazer e a satisfação ao usar determinado produto.
Mas ao ler um artigo do site msdn me deparei com o seguinte "Em geral as pessoas confundem UX com design visual, equiparando-a com cores, fontes e estética." E não é isso o que torna o uso de um sistema agradável e prazeiroso ?
Não ! Não é só isso.
É aí que entra o conceito de usabilidade, cujo o objetivo é garantir que o produto seja fácil, eficiente e adequado aos usuários.
E para descontrair, segue um quadrinho bem humorado a esse respeito.


Minhas impressões a respeito da experiência de Webdesigner - parte1

Tomei coragem e resolvi, eu mesma, construir a página de apresentação da minha empresa (M&K It Solutions). Comecei fazendo um protótipo em papel. Isso me ajudou a: (i) determinar a estrutura de apresentação (cabeçalho, rodapé, margens, etc); (ii) definir o conteúdo e (iii) desenhar a estrutura de navegação.
No aspecto técnico (programação HTML e uso de CSS) tudo bem. Registro algumas referências que andei pesquisando :

No quesito usabilildade, procurei aplicar as dicas do Nielsen (extraídas do livro Projetando WebSites: Designing Web Usability).

O design é a próxima etapa. E esta promete fortes emoções. Em breve estarei postando minhas impressões a este respeito.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

SEO

Tenho visto anúncios de emprego buscando profissionais de SEO. Fiquei curiosa e fui buscar no Google: SEO é a abreviação para Search Engine Optimization.
"O SEO nada mais é do que a otimização de uma página (ou até do site inteiro) para ser melhor compreendido pelas ferramentas de busca. A conseqüência da utilização das técnicas de SEO é o melhor posicionamento de um site em uma página de resultados de uma busca" (Fonte: http://www.marketingdebusca.com.br/seo/).
O Google tem um manual de boas práticas que devem ser aplicadas na construção das páginas a fim de que elas sejam localizadas mais facilmente pelo seus sitema de busca.
Vale a pena a leitura !

terça-feira, 23 de junho de 2009

FISL 2009

Amanhã começa o 10º FISL (http://fisl.softwarelivre.org/10/www/).
Onde : Centro de eventos da PUCRS
Período : 24 a 27 de junho

E falando na cigarra


Neste fim de semana dei uma de cigarra. Fui passear em Curitiba. Cidade linda !

Com belos parques (como a praça Japão ao lado), muitos shopping centers e excelentes restaurantes.

É possível percorrer os principais pontos turísticos da cidade de ônibus (http://www.curitibatur.com.br/linha_tur.htm)

A cigarra e a formiga (em versão atualizada)

Para aqueles que, como eu, trabalham 58 horas na semana e acham que isso vai levá-los a algum lugar:
"Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem o bate-papo com os amigos ao final do trabalho tomando uma cervejinha gelada. Seu nome era 'Trabalho', e seu sobrenome era sempre'. Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade; não desperdiçou nem um minuto sequer. Cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu prá valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir. Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante toca, repleta de comida.
Mas alguém chamava por seu nome, do lado de fora da toca. Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu. Sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari amarela com um aconchegante casaco de vison. E a cigarra disse para a formiguinha:
- Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris.
- Será que você poderia cuidar da minha toca?
- E a formiguinha respondeu:
- Claro, sem problemas! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu dinheiro para ir à Paris e comprar esta Ferrari?
E a cigarra respondeu: Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer show em Paris... À propósito, a amiga deseja alguma coisa de lá?
- Desejo sim, respondeu a formiguinha. Se você encontrar o La Fontaine (Autor da Fábula Original) por lá, manda ele ir para a Puta Que O Pariu !!!"
Moral da História : Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine e ao seu patrão.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A ignorância produtiva

Transcrevo abaixo um texto que recebi esta semana (obrigada Gustavo Baseggio) e que me ajudou muito a entender esse sentimento que tenho de "quanto mais eu estudo, menos eu sei". E que depois, discutindo com outros colegas, descobri que é um mal que acomete boa parte das pessoas que, como eu, gostam da área de pesquisa.

"Reencontrei recentemente uma velha amiga que não via há anos. Éramos alunos de doutorado na mesma época, ambos estudando ciência mas em diferentes áreas. Ela deixou a área e foi para faculdade de direito em Havard e agora é advogada sênior de uma grande organização ambiental. Num determinado momento a conversa pendeu para o porque de ela ter largado a academia. Para meu total espanto ela disse que saíra porque se cansou de se sentir estúpida. Após alguns anos se sentindo estúpida todos os dias ela percebeu que estava pronta para fazer outras coisas.Para mim ela era uma das pessoa s mais brilhantes que eu conheci, e a sua carreira posterior prova esta constatação. O que ela disse me incomodou. Eu continuei pensando naquilo, até que no dia seguinte caiu a ficha. A ciência me faz sentir idiota também. O que acontece é que eu me acostumei com isso. Tanto me acostumei a isto que persigo ativamente novas oportunidades de me sentir estúpido. Não sei o que eu faria sem este sentimento, e até acho que é assim que deve ser. Deixe-me explicar.Para a maioria de nós, uma das razões para gostarmos de ciências na escola era que nós éramos bons nisto. Mas esta não pode ser a única razão - fascínio por entender o mundo físico e uma necessidade emocional de descobrir novas coisas devem existir também. Mas para a escola e a faculdade a ciência consiste em fazer aulas, e ir bem nas aulas significa dar as respostas certas nas provas. Se você souber as respostas você passa bem e se sente esperto.No doutorado, onde você tem um projeto de pesquisa, a coisa é bem diferente. Para mim foi uma tarefa amedrontadora. Como eu poderia formular a pergunta que me levaria a uma descoberta significativa; desenhar e interpretar um experimento para que as conclusões fossem absolutamente convincentes; prever obstáculos e achar maneiras de circundá-los, ou, caso falhasse nisso, resolvê-los quando aparecessem? Meu projeto de doutorado era interdisciplinar e, por um tempo, sempre que tive um problema eu podia importunar alguém em meu departamento, que tinha especialista em várias disciplinas de meu interesse. Eu me lembro de um dia em que Henry Taube (que ganhou o prêmio Nobel dois anos depois) me disse que não sabia como resolver um problema que eu estava tendo, mesmo se tratando de sua área. Percebi que eu era apenas um aluno de trinta anos e que Taube deveria, por baixo, saber 1000 vezes mais do que eu. Se ele não tinha a resposta, então ninguém tinha.Foi aí que entendi: ninguém sabe. Por isso mesmo que é um problema em pesquisa. E sendo a MINHA pesquisa, era minha responsabilidade resolvê-lo. Ao encarar este fato resolvi o problema em poucos dias. (E não era realmente muito difícil; apenas tive que testar algumas poucas coisas.) A moral da história é que a área das coisas que eu não sabia não era apenas vasta; era, na prática, infinita. Ao invés desta constatação ser desencorajadora, ela era libertadora. Se a ignorância é infinita, a única atitude que nos sobra é dar o melhor de nós.Eu gostaria de dizer que os programas de pós-graduação geralmente fazem um desserviço para a formação do estudante de duas formas. Primeiro porque os estudantes não percebem o quão difícil é fazer pesquisa. Mais difícil ainda pesquisa de grande importância. É muito mais difícil que ir bem nas aulas, mesmo nas mais exigentes. O que torna a pesquisa difícil é o mergulho no desconhecido. Nós simplesmente não sabemos o que estamos fazendo. Até termos um resultado, nós nem ao menos estamos certos se estamos fazendo as perguntas certas ou os experimentos adequados. Para atrapalhar, ainda temos a competição por financiamento e visibilidade em revistas de prestígio . Mas fora isto, fazer pesquisa relevante é intrinsecamente difícil, por isso qualquer mudança nos cursos, departamentos ou instituições não vão diminuir esta dificuldade intrínseca. Segundo, nós não ensinamos nosso alunos a serem ignorantes produtivos - ou seja, se eu não me sinto estúpido, significa que eu não estou realmente me esforçando. Não estou falando de ´ignorância relativa´, como quando os outros alunos na turma lêem as lições, estudam, passam na prova, e você não. Também não estou falando de pessoas brilhantes que estejam em áreas que não aproveitam seus talentos. Ciência envolve confronto com a ´ignorância absoluta'. Aquela que é um fato existencial inerente a nosso esforço de adentrar no desconhecido. Exames de admissão e bancas de defesa atingem seus objetivos quando forçam o aluno até começar a dar respostas erradas ou desistir e dizer, ´não sei´. O objetivo do exame não é avaliar se o aluno responde todas as perguntas. Se ele responder, quem falhou no teste foi a banca. O objetivo real é identificar as fraquezas do aluno, primeiro para ver onde ele deve se esforçar mais, e segundo para saber se o conhecimento dele estaciona no nível alto o suficiente para tocar um projeto de pesquisa.Estupidez produtiva significa ser ignorante por escolha. Focar em uma questão importante nos coloca numa posição de ignorância. Uma coisa boa em ciência é que ela nos permite tropeçar por aí, errar de vez em quando, e mesmo assim nos sentirmos bem, contanto que aprendamos algo com isso tudo. Claro que isto é muito difícil para alunos que estão acostumados a ter a resposta certa. Claro que um bom nível de confiança e equilíbrio emocional ajudam, mas eu acho que educação científica deve fazer mais para atenuar esta grande transição: de aprender as descobertas de outras pessoas para começar a fazer as suas próprias. Quanto mais confortáveis estivermos sendo ignorantes, mais profundamente poderemos penetrar no desconhecido para fazer grandes descobertas."

Estréia

Sempre achei que manter um blog seria uma coisa a mais para me ocupar. Para quem faz tantas coisas ao mesmo tempo, tempo é uma coisa valiosa. E tantas coisas ao mesmo tempo começam a embaralhar a cabeça da gente, e chegou a um ponto que temo por perder as muitas (e algumas boas) idéias que passam pela minha cabeça.
E sabendo que idéias surgem a partir das coisas e pessoas que passam pela vida da gente, resolvi começar a documentar isso tudo.
Então, a partir de agora, vou tentar registrar as coisas que li, vi e vivi.
E vou ficar feliz se alguém acompanhar estes registros e quiser "trocar umas idéias".