Musica do dia

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

"Madrugada é um lugar que não existe" por Martha Medeiros

E eu que pensava ser um a única pessoa que achava que depois da meia noite virava abóbora.
Descobri uma ilustre pessoa que compartilha do mesmo sentimento.
Aí vai outro trecho do livro Trem Bala (com os meus comentário entre parênteses)
"Noite. Quem não ama essa palavra ? Se você pudesse me ver agora, iria rir do meu dedo indicador apontado para cima.
Um restaurante, um espetáculo, um cinema, adoro. E voltando antes da meia noite: para que eu não dê o vexame que tantos amigos meus já testemunharam: depois de uma certa hora, apago onde estiver, saio do ar. É como se caísse a chave geral: fico com aquele sorriso de quem está chapado e não registro mais o que acontece a minha volta. Uma espécie de Cinderela, só que quem vira abóbora sou eu.
(Vexame como aquela vez que dormi durante o show do Rui Biriva, sentada na primeira fila, com o próprio cantando bem na minha frente e eu lá, sentada em um banquinho de madeira, roncando em sono profundo)

Em toda a minha vida, posso contar nos dedos as vezes em que fui deitar com o sol alto (só consigo lembrar de uma ou duas). Hoje assumo sem medo de ser deserdada pela turma: adoro o dia, acho as manhãs superprodutivas. As tardes para mim, são excitantes como as noites são para os outros, e a minha noite é um fiasco: hora de desacelerar, tomar um vinho em casa, passar os olhos numa novela e depois ir para a cama cometer loucuras, como dormir. Madrugada ? É um lugar que não existe."

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